Caridade divulgação

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Caminhando com o Cristo na Casa Espírita


Caminhando com o Cristo na Casa Espírita






"O Espiritismo, é Jesus de volta, que nos vem convidar a reflexões muito profundas a respeito do que somos - Espíritos imortais - de como estamos - corpos transitórios - e para onde vamos - na direção da pátria, conscientizando-nos  de que a lei que deve viger em todas as nossas atitudes é a lei de amor. Este amor, porém, que é lei natural e está em todo o Universo, porque é a lei do equilíbrio." 
                                                           Bezerra de Menezes, psicografia de Divaldo Franco



Escreverei hoje direcionando  as reflexões aos amigos Espíritas, que estão integrados às tarefas no Centro Espírita. Doutrina consoladora e esclarecedora do pensamento Crístico por excelência, o Espiritismo, mais do que uma filosofia, uma ciência é uma proposta de viver, uma direção existencial que se consubstancia na moral do Cristo. 

O seu aspecto religioso, no sentido do religare, da conexão com o Pai e com as Leis Universais prevalece, não obstante tudo nesta Doutrina de Amor se integre, se entrelace. É ciência, é filosofia, mas sobretudo é proposta de renovação íntima. A moral Crística, que sintetiza as Leis Universais, ilumina os aspectos científicos e filosóficos nos quais se alicerçam a Doutrina dos Espíritos, sem a qual  toda a ciência e filosofia do mundo serão árvores sem seiva,  figueiras secas e, por conseguinte, não resistirão à poeira do tempo. Jesus permanece sendo nosso modelo de perfeição moral, Sublime Condutor de nossas vidas.

Integrados, por misericórdia Divina, hoje nas hostes espíritas, com permissão para realizar tarefas neste ambiente privilegiado de acolhimento, cuidados e esclarecimentos da multidão sofredora que aporta diariamente nas Casas Espíritas, precisamos entabular esforço  para  diluir em nossa forma de agir e servir as forças do ego dominador, as antigas pulsões de dominação, de competição e  o ancião  desejo de segregar, de excluir e desvalorizar o outro.

Não há a "minha tarefa", "o meu trabalho", "o meu espaço". Há, sim, a urgência de servir esquecendo-se de si mesmo, a oportunidade de reajustar-se, de aprender, de mobilizar esforço de mudança íntima por meio do  serviço  espírita. Há responsabilidades delegadas e precisamos entender que sem  as balizas do amor, do perdão e da humildade qualquer tarefa perde sua claridade, seu condão iluminativo e passa a ser mera repetição dos enganos transatos. 

Quer dizer, estamos na Casa Espírita, hoje espíritas, mas sem o Cristo no coração, repetindo os mesmos equívocos que desde alhures nos aprisionam aos círculos de dor. O que é lamentável, sobremaneira para nosso pobre espírito que deverá dar conta da atual administração dos recursos divinos recebidos.



Toda tarefa marcada pelo personalismo, pela atitude egóica tenderá para a desagregração. Se há necessidade de dividir e delegar funções, isso se dá por questões práticas e organizacionais, mas o serviço espírita é um todo, inclusive,  cada centro espírita, servindo com amor e fidelidade à causa espírita  é um posto de trabalho de Jesus.   

Dessa forma, se um determinado grupo de trabalho ou personalidade intenta prevalecer e subjugar as demais, ela mesma se enfraquece, pois o que nos dar forças é a união psíquica de todas as partes. Ninguém ganha quando um sonho de serviço e amor é destruido.

Portanto devemos sempre estar a nos questionar  sobre o que Jesus faria, como Ele se conduziria em deteminada situação.Procurar conhecer as bases emocionais que  incidem na nossa forma de ver os companheiros de trabalho. Educar e renovar os nossos sentimentos, por meio da prece e do diálogo fraterno. 

Buscar calar na alma tudo o que nos faz ver no irmão de serviço espírita um algoz, um inimigo. É terrível isso, mas acontece! Despersonalizar  o serviço, valorizar a todos, incentivar a todos, cooperar com  a tarefa do outro nem que seja com uma prece e com um olhar de valorização. Procurar entender o momento de vida de cada um e empatizar.  

Não conseguiremos esse intento se não procurarmos analisar quais são as emoções que estão balizando nossas atitudes dentro do serviço, seja ele qual for. Enquanto estivermos localizando a análise das questões que nos afligem na conduta do outro, sem procurar enxergar em nossa conduta os equívocos que promovem a desarmonia, enquanto procurarmos culpados e o rancor balizar nossa atitude, estaremos muito distantes do Amigo Divino e continuaremos servindo a Mamon. 




A tarefa espírita não se presta ao culto de nossas mofadas vaidades, mas à humilde devoção ao próximo que nos permite, por meio   do trabalho, a renovação e o realinhamento de nosso  pobre espírito  às Leis Divinas.

Por isso, amigo, controla as nascentes  do teu coração. Vincula-te com humildade a Jesus por meio do trabalho. Se necessário for esgarçar as fímbrias do teu orgulho pessoal, assim faz sem hesitar. Que importância tem o juízo dos homens? Se necessário for ocupar os últimos lugares, ocupa feliz, pois quem sabe ser o menor é o maior e aquele que não sabe ser menor muito caminhará ainda para ser maior.

Silencia qualquer palavra que desabone o companheiro. Acaso este em equívoco, antes ora por ele para que desperte e se possivel entabula conversação amistosa que o ajude a renovar-se. Vigia tua conduta, antes de vigiar a do outro. Repara se estás sendo amigo, se estás sendo compreensivo, se estás fazendo ao companheiro todo bem que podes fazer.
Perdoa, antes de desejar ser perdoado; entende, antes de desejar ser entendido. Sê tu um cendal de luzes, caminhando com o Cristo sempre.  

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